As vezes ha uma voz,
Que se levanta
Mais alta do que o Mundo
E do que nos
E faz chover-me nos olhos
Quando canta
Num pranto que emudece
A minha voz.
Afunda-me os sentidos
E o tempo
Ao ponto mais distante
Do que sou
E abraça aquele lugar
Que tao cinzento
Se esconde sob a névoa
Que ficou
E grita-me no peito
Quando se sente
Chegar a face triste
De um amor
Mais alta do que o Mundo
E do que a Gente
A voz ja nao é voz
Chama-se... Dor.
"Diogo Clemente"
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