O número de diabéticos duplicou desde 1980, diz estudo da revista científica Lancet. “No Alentejo, a doença afecta mais a população idosa”, assegura Isabel Ramôa, médica do Hospital de Beja, com responsabilidades nas consultas da diabetes. "Estudo feito em Portugal, em 2009, sobre a diabetes, indicou que a doença afecta 12,3 por cento da população e deste valor apenas pouco mais de metade está diagnosticado", disse também Isabel Ramôa.
O número de adultos com diabetes, em todo o mundo, mais do que duplicou, em 30 anos. São agora 347 milhões, revela o estudo publicado na revista Lancet, que atribui a situação ao envelhecimento da população e à expansão do problema da obesidade. Os dados dizem também que esta doença afecta, maioritariamente, as pessoas com meia-idade e que o tipo mais comum de diabetes, o 2, está normalmente associado à obesidade.
“No Alentejo, a diabetes afecta mais os idosos, por estarmos perante uma população envelhecida, sedentária e com hábitos alimentares errados”, assegurou à Voz da Planície, Isabel Ramôa. Esta médica do Hospital de Beja, com responsabilidades nas consultas da diabetes, identificou também as complicações provocadas pela doença, chamando a atenção para “os problemas relacionados com os olhos e com o pé diabético”.
Isabel Ramôa apresentou, igualmente, os resultados de um estudo feito em Portugal, em 2009, sobre a diabetes, dizendo que “as conclusões apontaram para a prevalência da doença entre os 20 e os 79 anos, em 12,3 por cento da população, mais do que o esperado”. Prosseguiu referindo que “ só pouco mais de metade, dos 12,3 por cento, está diagnosticada”, que “existe um milhão de diabéticos em Portugal” e que “existem muitas pessoas que não sabem que sofrem desta doença”.
Isabel Ramôa terminou frisando que “no seu conjunto - entre os diabéticos conhecidos, os não diagnosticados e os pré-diabéticos - significa que um terço da população portuguesa vai ter diabetes no futuro”.
A diabetes é uma doença que pode ser gerida com uma dieta, exercício e medicação, mas cronicamente poderá causar problemas de rins, cegueira e amputação de membros. Os médicos consideram que o grande desafio para inverter estes números no futuro é a adopção de estilos de vida mais saudáveis.
Ana Elias de Freitas
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