
Saal, explica que tanta água poderá refutar de vez a chamada hipótese do grande impacto - de que o satélite natural teria surgido a partir de material ejectado da Terra depois de uma colisão com outro planeta. "É difícil que a Lua tenha resultado de um grande impacto e ainda tenha tanta água", explica, adiantando que à medida que surgirem mais resultados poderá ser necessário reformular a teoria da formação do satélite.
Saal diz que com o avanço da tecnologia as amostras trazidas para a Terra há 40 anos podem continuar a produzir descobertas, mas para já, a conclusão de que os magmas lunares contêm 100 a 150 partes por milhão de água é um avanço significativo. O investigador diz que esta água poderá ser recuperada para abastecer uma eventual base lunar. A descoberta reforça a ideia de que o gelo descoberto em 40 crateras lunares teve origem no interior do satélite e no impacto de um cometa, uma das hipóteses mais consensuais.