SLB 2017

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sábado, 27 de novembro de 2010

Eu sei

Quando eu era garoto, de três palmos de altura, eu falava muito alto (para ser um homem).
Eu dizia: Eu sei! Eu sei! Eu sei! Eu sei! Era o começo da primavera!
Quando fiz 18 anos, eu disse: Eu sei! Aí está, desta vez eu sei!
E hoje, nos dias em que volto, observo a terra onde andei de um lado para outro, e ainda não sei como ela gira.
Aos 25 anos eu sabia de tudo: o amor, as rosas, a vida, o dinheiro. Ah, sim, o amor!
Eu tinha dado a volta toda!
E felizmente, como os colegas, eu não tinha comido todo o meu pão: no meio da minha vida, eu ainda aprendi.
O que aprendi cabe em três ou quatro palavras:
No dia em que alguém te ama, faz um tempo muito bonito!
Não posso dizer melhor: faz um tempo muito bonito!
É o que ainda me admira na vida! Eu, que estou no outono da minha vida!
A gente esquece tanta noite de tristeza, mas jamais uma manhã de ternura!
Em toda a minha vida eu quis dizer: Eu sei!
Só que, quanto mais eu procurava, menos eu sabia.
Sessenta batidas soaram no relógio. Ainda estou à minha janela.
Olho e me pergunto: Agora eu sei? Eu sei que nunca se sabe.
A vida, o amor, o dinheiro, os amigos e as rosas.
Nunca se sabe o som e a cor das coisas.
É tudo o que sei.
Mas isso, eu sei!
                                       "Jean Gabin"

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conheça a sugestão de Cantona para revolucionar o sistema financeiro



"Portugal fez tudo errado, mas correu tudo bem."

Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português.
Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas acabou de ser criada uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam.
Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Aliás, tem mesmo um só elemento: Portugal.
A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), que se tornou famosa no ano passado pelo estudo que fez dos "bananas da república", iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ
procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grande surpresa dos investigadores, os mais altos índices de aselhice económica foram detectados em Portugal, um dos países que tinham também uma das mais elevadas dinâmicas de progresso.
Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, os seus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado: "O País Que Não Devia Ser Desenvolvido"
- O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses." Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiões desenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 por cento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram no período. Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evolução portuguesa foi também notável.
Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidade infantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento.
Actualmente e a esperança de vida ao nascer dos portugueses aumentou 18 anos no período. O relatório refere que esta evolução é uma das mais impressionantes, sustentadas e sólidas do século XX. Ela só foi ultrapassada por um punhado de países que, para mais, estão agora alguns deles em graves dificuldades no Extremo Oriente. Portugal, pelo contrário, é membro activo e empenhado da União Europeia, com grande estabilidade democrática e solidez institucional. Segundo a FRZ, o nosso
país tem um dos processos de desenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual. Mas, quando se olha para a estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas,
deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação.
Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível e que tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhante às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade
económica e a estabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ. Desde o "condicionamento
industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante.
É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório, o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o início. O estudo da Fundação continua o rol de aselhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma: Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento.
Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade. Citando as próprias palavras do texto: "Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice e desperdício, um tal nível de desenvolvimento? A resposta, simples, é que ninguém sabe.
Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a ir por mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho." A única explicação adiantada pelo texto, mas que não é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e "desenrascanço" do povo português. "No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável." O texto termina dizendo:

"O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?".

                                                                                                                                       Diário de Notícias
                                                                                                                                   João César das Neves

sábado, 20 de novembro de 2010

Angola




Carolina Cerqueira,
Ministra da Comunicação Social de Angola 
"Não se pode aceitar que as empresas públicas do sector [da comunicação social] recorram sistematicamente ao Orçamento Geral do Estado para subsidiar os seus investimentos e mesmo as suas despesas correntes, incluindo salários, sem cuidarem de procurar receitas próprias. "

20 de Novembro de 2010




                                                                             "Jornal de Angola"

sexta-feira, 19 de novembro de 2010



O mundo só pode ser   

melhor do que até aqui,

 - quando consigas fazer

mais p'los outros
que por ti


"Antonio Aleixo"
    1899-1949

                                                                                                                                                                                

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Hino Oficial do Sport Lisboa e Benfica



Sou do Benfica
E isso me envaidece
Tenho a genica
Que a qualquer engrandece
Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal.

Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.»

domingo, 14 de novembro de 2010

Quem se segue??

Esta mais que visto que nao temos alternativas unipartidarias, neste misero pais de miseras ideias, a este misero governo...

Entao 2 mais 2 sao quantos???
4, claro.

Escolham-se, os melhores, para os melhores cargos politicos.
Ministerios totalmente independentes, com chefias totalmente independentes.
Quero la saber se o Ministro da Economia é do Bloco de Esquerda, ou se o da Educaçao é do PSD e o da Saude vem da Esquerda ou da  Direita?
Quero é ordem, competencia e responsabilidade, deveres e obrigaçoes, paz e solidariedade.
Quero que os portugueses deixem de ser, todos, Engenheiros e façam o que tem de ser feito.
Sem querer fazer o do vizinho...
Quero uma terra onde dê prazer viver e conviver... e visitar.
Xiça, é assim tao dificil???

Sabias que...


O léxico nipónico não continha nenhum vocábulo que exprimisse agradecimento até à vinda dos portugueses ao arquipélago do Japão no séc. XVI altura em que adoptaram a palavra portuguesa "obrigado" que hoje aparece na língua japonesa como "arigato".

Reza a historia que...

Rezam os anais da história que um grupo de imigrantes madeirenses contratados para trabalhar nas plantações de açúcar desembarcaram no Havai em 1879 e que um deles, saltara para o cais, e pleno de felicidade com a promessa de uma nova e melhor vida, começara a cantar as canções da sua terra natal insular, fazendo-se acompanhar pela braguinha.
Os havaianos ficaram de tal maneira impressionados com a sua musicalidade, timbre e fácil execução, que depressa incorporam o instrumento na sua própria música popular, e que, devido ao seu som e ritmo sincopado, denominaram de ukelele, ou seja, pulga pululante.

Descalça vai para fonte



Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

No longiquo ano de 1966

Os outros, seriam pouco mais velhos que eu...
Eu do alto dos meus cinco anos de idade,  passeava orgulhoso a minha camisola nova, de lã, com o Doi-Doi bordado no lado esquerdo do peito. Um macaco simpatico de quem todos pareciam nutrir simpatia.
Como me sentia vaidoso... todas as meninas me olhavam com o olhar proprio de quem tem curiosidade, ainda mais naquelas idades, "- Quem é?, Donde veio?", perguntavam umas, "- Neto da Ana da Varzinha, de Beja..." respondiam outras.
O primeiro dia de escola na vida dum individuo, marca pra sempre, como a primeira namorada, o primeiro beijo, o primeiro carro... tudo o que é primeiro, marca.
Eu fui primeiro, prematuramente.

Vivia na cidade nos tempos idos do tempo da outra senhora, que alias, era um senhor, dos lados de Santa Comba Dão... as leis eram poucas e muito rigidas.

A todos os menores de 6 anos, nao era possivel comecar a vida escolar.
Eu tinha 5, apenas 5, mas ja sabia contar ate aos 4 digitos, ja juntava as letras e rabiscava algumas palavras.

Quando me viam por ali, naquela pastelaria, onde diariamente, se encontravam para o pequeno almoço, alguns dos senhores mais ricos do Burgo, os seus bigodes e faces rosadas da cor do tinto, arrebitavam. Entre eles, havia um professor primario (Fernandes), que concordava que eu ja deveria andar na escola, que pela sua avaliaçao de professor primario, estaria preparado, mais que outros pra encetar tal cruzada, e me chamava para perto deles, para um questionario muito singular.
Eu submtia-me a tal prazer,  pelo ego e pela recompensa.
   - Diz-nos ca rapaz, quantos sao 2 mais 2?
Depois da minha resposta pronta e certeira, surgiam as seguintes...
   - 4 e 4?
   - 8 e 8?
   - 16 e 16?
A viagem numerica continuava, para deleite dos presentes, ate que ele via que, naturalmente e ao passo que o grau de dificuldade aumentava, eu começava a tomar entre cada pergunta, alguns segundos de folgo, para pensar e poder responder.
Depois, o veredito, "- ta bem rapaz, ja esta bem assim", quando me via aflito, com as contas mentais de 3 digitos. Todos os restantes deixavam transparecer no rosto, aquela satisfaçao de ter gostado do filme, como se tivessem acabado de sair ao cinema.
No final, bem, no final vinha sempre, o mais apetitoso. A "milhadura", uma moeda de 25 tostões, branquinha, tao linda. O que me fazia sair dali, a sete pes, batendo com os calcanhares, nos calções, so parando na mercearia, pra comprar gulodices, coisas boas...hummm.

Comentavam, a minha mãe e a minha avo... sobre o assunto. Em todas as escolas da cidade, escolas e diretores de escola, que a minha mae contatou, um a um, todos recusando a minha inscrição, obtendo sempre as mesmas respostas, " - é a lei minha senhora...", ou, " - não podemos assumir essa responsabilidade...", tudo indicava  que teria de esperar mais um ano, estavamos em Setembro de 1966, a escola, oficialmente, começava a 7 de Outubro... e eu nao tinha colocaçao em nenhuma das freguesias da minha cidade.

Portugal tinha ficado no 3° lugar do campeonato do Mundo em Inglaterra, o meu primeiro desafio de futebol na TV, Portugal-Coreia de boa memoria.
Eu completaria mais um ano de vida, o sexto, dai a dois meses, que desperdicio, um ano perdido, por mes e meio de difença e diferenças politicas, absurdo...

Entao, chegou a noticia, 
"...consegue-se um lugar aqui, preparemos tudo e o zézinho fica aqui em minha casa, pelo menos um ou dois anos, depois terao de aceitar, la na cidade, a sua transferencia."
Dito e feito.

Nas aldeias, sempre e mais facil, as pessoas conhecem-se e respeitam-se ate a terceira geração, no minimo.
As palavras contam como contratos escritos, assinados e selados...
De minha avo. todos diziam bem, todos a consideravam, e quando pediu ao diretor da escola da Aldeia (Oliveira), este nao o negou "- Traga la pra ca o rapaz...a minha responsabilidade." Ja tinha idade suficiente pra nao ter medo, nem de leis nem da perseguiçao politica. Estava para alem da idade de reforma.
Um amante da sua profissão, que tao bem desempenhou, todos diziam.
Acho que a minha avo lhe ofereceu um galo (do campo pois claro), como prova de reconhecimento.
Porque isto sem cunhas, nao vai la, ainda hoje e cada vez mais, infelizmente.

Começou entao, o implantar de raizes, numa terra, que ficaria responsavel por muitas memorias e experiencias de infancia, para todo o sempre.
Algures num baixio, da margem esquerda (do Guadiana)... no meio do Alentejo profundo.
Brinches de seu nome.
Nossa Sra da Consolaçao, sua padroeira.
A capela fica mesmo al lado da escola primaria, no principio da aldeia.

Nesse dia, tal praxe universitaria, fui batizado por "Doi-Doi", a minha primeira alcunha.

E dois anos passaram depressa.
E com sete anos, na terceira classe, fui matriculado na escola n° 9, da freguesia da minha residencia, Sao Joao Batista, em Beja.
Uma lembrança para Maria Barbara Janeiro Acabado, uma professora do outro mundo, com o seu Ford Capri, que nos fazia sonhar...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010



Que mau,
Nao saber encher o espaço,
Vazio
De alguem que esta longe,
Aqui, ou nas estrelas
Fazendo falta...


Que bom,
Ter um cavalo de madeira,
Poder cavalgar
Por ai,
No imaginario...

Que bom,
Ter um ombro, ou dois, ou tres...
Cumplices.
Poder completar musicas e versos...
E prosas.



                                              "Ze Espirito Santo `10"

Time for us...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jose Mourinho

Ora aqui esta um bom exemplo de gestao de carreira.

Ter alguma condiçao e disponibilidade pra começar.
Depois, bem... depois foi so bater nos jornalistas, com nivel, e depois dar-lhe premios e vitorias.
Depois bater mais nos jornalistas, seguindo-se a conquista de mais premios e vitorias.
Deixar rolar a bola de neve e ai esta, Mourinho idolatrado.
Quanto a mim, com todo o merito.
Dentro e fora das 4 linhas.
Parabens Zé (Portuga) Mourinho.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AFINAL SEMPRE É VERDADE?!!!

                                                

Sócrates (o «português»!) não tem o curso completo...
Faltam-lhe 3 cadeiras:

A Cadeira Eléctrica, a Cadeira de Rodas e uma Cadeira nos Cornos!!!..

Sabias que...





Parece impossível, mas não. É mesmo verdade.
Foi a receita do clássico de 3 de Abril de 1960 que salvou o FC Porto do descalabro financeiro.
Pelo meio houve um dirigente portista que pediu auxílio financeiro aos dirigentes Benfiquistas.
Acabou despedido.

Entre 1959 e 1960, período em que se sagrou campeão nacional pela última vez antes de uma seca de 19 anos, o FC Porto perdeu 7 mil sócios.
Luís Ferreira Alves, o presidente, demitiu-se e lamentou-se no seu último dia: "O FC Porto paga mal a quem o serve." Semelhanças com as últimas lamentações de Vitor Baia? Muitas.

Nesta época o FC Porto tinha cerca de 500 contos ordenados em atraso com os seus futebolistas, uma barbaridade para a época. Com a demissão de Luís Ferreira Alves coube a uma comissão administrativa presidida por Ângelo César, tomar contas dos destinos do clube. Aproximava-se o FC Porto-Benfica para a 23ª jornada do campeonato nacional, a 3 de Abril de 1960, e Aníbal Abreu, dirigente azul e branco da referida comissão, emitiu um telegrama de pedido de ajuda financeira. O destinatário era Maurício Vieira de Brito, presidente do Benfica, o conteúdo era simples: que os encarnados prescindissem da sua parte da receita a favor do desvalido FC Porto. Ângelo César, ao tomar conhecimento do sucedido, reagiu de pronto e com enorme dignidade (não se esqueçam que eram outros tempos) enviou também ele um telegrama a Aníbal Abreu: 
"Acabo de tomar conhecimento do telegrama enviado ao presidente do Benfica. Rogo V. Exa. apresente pedido de demissão por esta via. Se não, demiti-lo--emos. O FC Porto, embora atravesse uma situação francamente delicada, não precisa de pedir esmolas. A atitude do sr. Aníbal Abreu deixou-nos a todos indignados e o Benfica terá achado o seu pedido uma autêntica loucura, um disparate sem pés nem cabeça."
Dia do clássico.
O Presidente da comissão Ângelo César foi ao balneário da sua equipa e pagou todos os ordenados em atraso. Talvez em dinheiro vivo, porque penso que na altura ainda não estavam instituídos os pagamentos em géneros. 

O que é certo é que os jogadores portistas galvanizaram-se e quando a derrota parecia certa, o SL Benfica vencia 2-0 a 3 minutos do fim, Roberto (que ironia...) aos 87'' e Humaitá aos 90'' alcançaram um empate muito sofrido.
No jogo das receitas os adeptos deixaram 780 contos. O FC Porto ficou com a sua parte, 490 contos e o Benfica ficaria com 155 contos. Sim, na altura, como agora a Federação era uma sugadora de dinheiro, ficou com o remanescente, 135 contos. 
No final, feitas as contas e com orgulho restabelecido, o FC Porto seguiu o campeonato onde acabaria por ser 4º classificado com 30 pontos. O 3º seria o CF Belenenses (36 pontos), o 2º o SC Portugal com 43 e o Campeão Nacional, SL Benfica com 46 pontos.

Fonte: Bancada de Imprensa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A voz !!!

As vezes ha uma voz,
Que se levanta
Mais alta do que o Mundo
E do que nos
E faz chover-me nos olhos
Quando canta
Num pranto que emudece
A minha voz.


Afunda-me os sentidos
E o tempo
Ao ponto mais distante
Do que sou
E abraça aquele lugar
Que tao cinzento
Se esconde sob a névoa
Que ficou


E grita-me no peito
Quando se sente
Chegar a face triste
De um amor
Mais alta do que o Mundo
E do que a Gente
A voz ja nao é voz
Chama-se... Dor.


                                                                            "Diogo Clemente"


No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me sobra el aire
No quiero estar asi
Si tu no estas la gente se hace nadie.

Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas.

No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me falta el sueño
No quiero andar asi
Latiendo un corazon de amor sin dueño.

Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas

Derramare mis sueños si algun dia no te tengo
Lo mas grande se hara lo mas pequeño
Paseare en un cielo sin estrellas esta vez
Tratando de entender quien hizo
Un infierno el paraiso
No te vayas nunca porque

No puedo estar sin ti
Si tu no estas aqui me quema el aire.

Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas

Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas

Si tu no estas aqui

domingo, 7 de novembro de 2010

O Cao, a Vaca e o Burro.

Os “Donos de Portugal - 100 anos de poder económico”



Os “Donos de Portugal - 100 anos de poder económico” da autoria Jorge Costa, Luís Fazenda, Cecília Honório, Francisco Louçã e Fernando Rosas, é uma obra fundamental para entender o funcionamento político-económico deste país desde o séc. XIX até aos nossos dias.A começar, é uma obra excepcional do ponto de vista histórico.Ao fim de 1/20 do livro (o que eu já li), pode-se já concluir algo com uma certeza evidente: desde há 200 anos, que os grandes capitalistas Portugueses – não mais as 2 mãos cheias – não trazem valor acrescentado à economia do país, que vive eternamente em crise. A dívida do Estado (e dos particulares) é o sangue deles. Interessas-lhes manter este estado de coisas, porque quanto maior a crise, maior o lucro deles. Aí está a escalada dos juros da actual dívida a comprovar a sua “filosofia” de vida.Na sua maioria, estes Capitalistas (ou os seus “managers”) referenciados no livro tem (ou tiveram) acções preponderantes nos partidos e no Estado: Foram deputados, ministros, secretários de estado. Escandalosa promiscuidade entre política e negócios particulares.É sobretudo gente que investe na dívida pública e na especulação. GENTE NADA interessada em investir no conhecimento da População e consequentemente na economia Nacional produtiva. Capitalistas impacientes. Igualmente “PERITOS” em montar rapidamente empresas de importações (ou novidades) de bens de consumo.Uma balança comercial deficitária para o país é o florescimento dos capitalistas nacionais.Capitalistas, absolutamente adversos a investimentos – exemplo, na indústria ou agro-indústria – sem lucro imediato e garantido.São estes homens do Capital – e quem lhes presta vassalagem e é “parceiro” – quem de facto beneficia com um país que vive sucessivamente em crise. Juntos e pela via do ilusionismo, mudando constantemente de roupagem e de fórmula, irão mover montanhas para manter este Estado de coisas.Claro que há felizmente alguns Capitalistas que conseguem ainda assim fugir desta mesquinhez e espírito predador, devendo-se a eles empreendorismo e avanços essenciais.


                                                                           Rui M F
 Agradecimento ao Blog "MAIS EVORA", que recomendo.

Quais quais, oliveiras, olivais, pintasilgos, rouxinois...



(Moda da Passarada)

Namorei uma rapariga,
"Pares de meias
Nem me dês!"

Quais, quais, oliveiras, olivais
Pintassilgos, rouxinóis,
Caracóis, bichos móis,
Morcegos, pássaros negros,
Tarambolas, galinholas,
Perdizes e codornizes,
Cartaxos e pardais,
Cucos, milharucos,
Cada vez há mais.

Calçasse eu as que calçasse,
Sempre tinha frio nos pés.

Quais, quais, oliveiras, olivais
Pintassilgos, rouxinóis,
Caracóis, bichos móis,
Morcegos, pássaros negros,
Tarambolas, galinholas,
Perdizes e codornizes,
Cartaxos e pardais,
Cucos, milharucos,
Cada vez há mais.

Letra e música: Manuel António Castro
Intérprete: Grupo Coral "Os Ceifeiros de Cuba"

Video nao aconselhavel a pessoas facilmente impressionaveis...

sábado, 6 de novembro de 2010

Shakira ft. Freshlyground - Waka Waka (This Time for Africa) (The Offici...




You're a good soldier
Choosing your battles
Pick yourself up
And dust yourself off
And back in the saddle

You're on the frontline
Everyone's watching
You know it's serious
We're getting closer
This isnt over

The pressure is on
You feel it
But you've got it all
Believe it

When you fall get up
Oh oh...
And if you fall get up
Oh oh...

Tsamina mina
Zangalewa
Cuz this is Africa

Tsamina mina eh eh
Waka Waka eh eh

Tsamina mina zangalewa
Anawa aa
This time for Africa

Listen to your god

This is our motto
Your time to shine
Dont wait in line
Y vamos por Todo

People are raising
Their Expectations
Go on and feed them
This is your moment
No hesitations

Today's your day
I feel it
You paved the way
Believe it

If you get down
Get up Oh oh...
When you get down
Get up eh eh...

Tsamina mina zangalewa
Anawa aa
This time for Africa

Tsamina mina eh eh
Waka Waka eh eh

Tsamina mina zangalewa
Anawa aa

Tsamina mina eh eh
Waka Waka eh eh
Tsamina mina zangalewa
This time for Africa

Um dia

Um dia pegas-me na mão e levas-me.
Levas-me para lugar nenhum, levas-me sem destino.
Levas-me contigo, só, sem mais nada.
Um dia deixamos tudo e fugimos juntos.
Um dia andamos, andamos, andamos por aí.
E rimo-nos.
Como se nada mais existisse além de nós e da nossa presença.
Um dia perdemos a timidez e dançamos no meio da rua, descalços e sem música.
Dançamos ao nosso som; eu fecho os olhos e tu conduzes-me.
E fazes-me rodopiar, em bicos de pés, para te acompanhar.
E agarras-me.

Um dia devoro-te as palavras.
Um dia interrompo-te, para te dizer que gosto de ti.
Noutro dia deixo-te falar e presto a máxima atenção; um dia vais para falar e eu calo-te com um beijo; noutro dia confundo-te com um a meio de uma frase.
Um dia deixo-te sem saberes o que dizer. Pelo lado bom.

Um dia ficamos à chuva, no jardim, parados, a sentir as gotas.
Outro dia ficamos à sombra a refrescar do sol quente.
Um dia o mar será só nosso.
E o céu.
Um dia mergulhamos no mar de noite e voamos de dia.
Um dia enrolamo-nos com a areia nas ondas da praia ao sabor do vento, do sol e do sal.

Um dia abraças-me e não largas.
Um dia ficas comigo depois da hora de ir embora, e não vais.
Um dia hás-de não ir embora, e ficar.
Um dia as nossas chaves entrarão na mesma fechadura.
E aí o que é teu será teu, o que é meu será meu, mas o que é nosso será junto.

Um dia hás-de cumprir tudo o que prometeste: todos os locais e os momentos e o tempo e os beijos e a vida.
Um dia serás como sempre quiseste ser.
Um dia dirás tudo o que deixaste por dizer.
O que dizes não será só o que dizes, mas será o que fazes.

"Gentilmente roubado do post da minha filha Catia"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Marco Masini - Bella Stronza



Bella stronza...che hai distrutto tutti i sogni
della donna che ho tradito
che mi hai fatto fare a pugni con il mio migliore amico
e ora mentre vado a fondo tu mi dici sorridendo
ne ho abbastanza
Bella stronza...che ti fai vedere in giro
per alberghi e ristoranti
con il culo sul ferrari di quell'essere arrogante
non lo sai che i miliardari anche ai loro
sentimenti danno un prezzo
il disprezzo...perché forse io ti ho dato troppo amore
bella stronza che sorridi di rancore...
Ma se Dio ti ha fatto bella come il cielo e come il mare
a che cosa ti ribelli di chi ti vuoi vendicare
ma se Dio ti ha fatto bella più del sole e della luna
perché non scappiamo insieme non lo senti questo
mondo come puzza
Ma se Dio ti ha fatto bella come un ramo di ciliegio
tu non puoi amare un tarlo tu commetti un sacrilegio
e ogni volta che ti spogli non lo senti il freddo dentro
quando lui ti paga i conti non lo senti l'imbarazzo
del silenzio
perché sei bella bella bella
bella stronza che hai chiamato la volante quella notte
e volevi farmi mettere in manette
solo perché avevo perso la pazienza...la speranza...
sì...bella stronza
Ti ricordi...quando con i primi soldi
ti ho comprato quella spilla
che ti illuminava il viso e ti chiamavo la mia stella
quegli attacchi all'improvviso che avevamo noi di
sesso e tenerezza
bella stronza...sì perché forse io ti ho dato troppo amore
bella stronza che sorridi di rancore...
Ma se Dio ti ha fatto bella come il cielo e come il mare
a che cosa ti ribelli di chi ti vuoi vendicare
ma se Dio ti ha fatto bella più del sole e della luna
esci dai tuoi pantaloni mi accontento come un cane
degli avanzi
perché sei bella bella bella
mi verrebbe di strapparti quei vestiti da puttana
e tenerti a gambe aperte finché viene domattina
ma di questo nostro amore così tenero e pulito
non mi resterebbe altro che un lunghissimo minuto
di violenza
e allora ti saluto...bella stronza