SLB 2017

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

AVC - Como identificar os sintomas?


 A rapidez de execucao é talvez o mais importante...

Um neurologista disse, se ele consegue chegar ao pé de um individuo que sofreu um AVC, ele pode eliminar as sequelas de um AVC.
... Ele disse, o truque é diagnosticar e tratar a pessoa durante as primeiras 3 horas. Como reconhecer um AVC?:
Há 4 passos que devem ser seguidos para reconhecer um AVC.
- peça à pessoa para rir (ela não vai conseguir).
- Peça à pessoa para dizer uma frase simples (por exemplo: hoje está um dia bonito).
- Peça à pessoa para levantar os dois braços (não vai conseguir bem).
- Peça à pessoa para mostrar a língua (se a língua estiver torta ou virar dum lado para o outro, é um sintoma).
Se a pessoa tem alguns destes sintomas, chamar imediatamente o médico, descrever os sintomas ao telefone.
Um cardiologista disse, se for possivel divulgar estas dicas a um número elevado de pessoas, podemos ter a certeza, que alguma vida - eventualmente a nossa própria possa ser salva

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Santana forever

O mundo ficou muito melhor: o futuro provedor da Santa Casa já não vai andar por aí, vai ficar por aqui. O movimento político que há meia dúzia de meses já estava organizado foi, com certeza, desfeito e a desilusão com o PSD são águas passadas. Para comemorar esta reconciliação, Santana Lopes, decidiu brindar os deputados social-democratas com mais uma das suas geniais ideias: uma rede de aeródromos regionais para, nas suas sábias palavras, fomentar a coesão nacional. Como é que ninguém se lembrou disto antes ? Vai ser fantástico, vamos todos voar de cá para lá e sentir-nos-emos muito mais coesos. " estou-me a sentir pouco coeso, acho que vou apanhar uma avioneta até ao Fundão". " hummm, vou à Caparica ou à Guarda?" . Pensar que tivemos a oportunidade de ter este génio como primeiro-ministro por muitos e bons anos e a desprezamos é um crime. Ainda assim ele vai andar por aqui, no meio desta desgraça pelo menos gargalhadas não vão faltar.


Pedro Marques Lopes

domingo, 11 de setembro de 2011

SLBenfica - Manchester United

Depois de conduzir a sua equipa à vitória frente ao V. Guimarães por 2-1, o treinador Jorge Jesus abordou o embate que terá pela frente durante a semana, ante o Manchester United, na Liga dos Campeões. E o treinador das águias assegurou que este será um jogo completamente diferente daquela protagonizado com os vimaranenses.

“A equipa tem vindo a melhorar de jogo para jogo, apesar de achar que hoje poderia ter mais posse de bola. Alguns jogadores que estiveram nas selecções ainda não estavam na melhor forma, como o Witsel e o Cardozo. Na quarta-feira com o Manchester United esperamos que todos estejam melhor, apesar de saber que vamos jogar contra uma equipa com outro andamento e com jogadores de top”, disse.

“Temos de abordar o jogo de maneira diferente em termos táticos e também em termos de objetivo. É óbvio que é um encontro que conta três pontos, mas temos de saber que todos os pontos são importantes”, rematou.

Jornal Record


Alberto João Jardim
A verdade sobre a Madeira


1. Quando assumi o Governo da Região Autónoma da Madeira, este arquipélago era a zona mais pobre do País. Havia muita gente, bem como povoados, a viver nas condições humanamente mais degradantes.

2. Obviamente que os meus esforços foram no sentido de trazer os Portugueses da Madeira, ao mesmo nível de condições e de qualidade de vida da média dos restantes Portugueses.

3. Para conseguir este Direito fundamental, tive de desenvolver políticas que não mereceram o acordo de Lisboa - que é diferente do Continente – pois os Portugueses da Madeira não iam continuar para trás, só para fazer a vontade, em Lisboa, àqueles que não aceitavam os nossos Direitos à diferença política e à igualdade de cidadania entre todos os Portugueses.

4. Assim, deu-se prioridade ao investimento e ao aproveitamento dos Fundos Europeus, em prejuízo de políticas subsidiaristas e de consumo, mesmo à custa de imediatos proventos eleitorais.

5. O investimento não seguiu um critério exclusivamente economicista, em termos de rentabilidades directas e imediatas, mas também teve objectivos sociais, culturais e ambientais, com retornos financeiros indirectos, ou apenas benefícios sociais indiscutíveis e inadiáveis em termos de dignidade e de qualidade de vida.

6. Esta política foi duramente contestada em Lisboa e pela Oposição regional, acarretando-nos os ódios da Direita e da Esquerda, aquela porque houve uma Revolução Tranquila, a Esquerda porque fizemos o que ela gostaria de ter feito, mas se revelou incapaz.
Se não tivéssemos mantido firmemente esta política quando havia dinheiro disponível na União Europeia, em Portugal e nos Bancos, se tivéssemos seguido a Oposição local ou certos sectores da Opinião Pública de Lisboa, hoje como estaria a Madeira?
Sempre no maior atraso, pois agora todos conhecem a impossibilidade de fazer o que então se fez.
Quem teve razão?

7. Mas, a par desta política, também fomos sempre mantendo uma oposição ao sistema político-constitucional da República Portuguesa, alertando o todo nacional para a sua inadequação às realidades portuguesas, e vaticinando, desde há dezenas de anos, que Portugal acabaria por mergulhar num impasse dramático.
Quem tinha razão?
8. Desde a colonização, a partir de 1418, e até à Autonomia Política (Constituição de 1976), isto é durante cinco séculos e meio, está comprovado que à volta de dois terços do valor produzido na Madeira, ia para as mãos de Lisboa.
Mas, na propaganda orquestrada para a Opinião Pública, é como se a Madeira só tivesse sido “descoberta” depois da Autonomia.
E, mesmo depois da Autonomia, a Madeira, com as suas receitas, paga toda a despesa pública, incluindo investimentos e o aproveitamento dos Fundos Europeus, à excepção dos poucos Serviços que estão sob tutela de Lisboa. As dotações do Orçamento de Estado, à volta de dez por cento do Orçamento Regional, são para compensar receitas fiscais geradas na Madeira mas pagas aos cofres do Estado central.
É falso que a República Portuguesa, no Governo Guterres, tenha pago as dívidas dos Açores e da Madeira. Cumpriu, sim, o que estava na lei, no sentido de as Regiões Autónomas beneficiarem das receitas das privatizações operadas nos respectivos territórios, consignando-as ao abatimento da dívida pública.
Afinal, passados quase seis séculos, já que querem ir por este caminho, quem ainda “deve” a quem?

9. Em 2006, instrumentalizando o Estado português para fins político-partidários, o Governo socialista, com a abstenção farisaica do CDS, aprova uma nova lei de finanças regionais que retira à Madeira, no decorrer de um mandato e com investimentos já adjudicados e expectativas legítimas estabelecidas, várias centenas de milhões de euros, entregando-os aos cofres de Lisboa e dos Açores (estes, recebendo três vezes mais do Estado e da União Europeia, do que a Madeira, não se lhes percebe o atraso).
E não se tratou só do roubado.
É que a falta de liquidez impediu a Madeira de aproveitar também centenas de milhões de Fundos Europeus, já que a quota nacional, no arquipélago, é paga pelo Orçamento Regional.

10. Mesmo após as catástrofes de Fevereiro de 2010, e apesar de a Assembleia da República, poucas semanas antes, ter com uma nova lei atenuado os efeitos da lei megera das finanças regionais socialista, a Madeira teve de abdicar da tal nova lei mais favorável, em troca de ser prestada assistência através de uma Lei de Meios.

11. A par disto e apoiado num chorrilho de mentiras, o Governo socialista tentou inviabilizar a Zona Franca da Madeira, absolutamente imprescindível ao futuro da Economia do arquipélago e também a toda a Economia portuguesa, fazendo assim um frete – a que preço? – às Zonas Francas europeias concorrentes.

12. Perante tantas adversidades, das duas, uma.
Ou a Madeira se rendia, parando tudo, da Educação à Saúde, passando pelos investimentos e aumentando o desemprego ainda mais, e assim “obedecia” aos intentos socialistas.
Ou a Madeira prosseguia, mesmo à custa da dívida pública, procurando contribuir politicamente para a queda dos socialistas.
Em consciência, optei por esta via de Resistência legítima e democrática.
Fizemo-lo com a Transparência de quem não tem compromissos com interesses económicos ou sociedades de fins menos transparentes, colocando os Direitos do Povo Madeirense acima de quaisquer posições partidárias quaisquer que estas sejam.
Assumindo os custos da independência pessoal.

13. Eleito um novo Governo da República, a Este solicitámos uma intervenção, em termos semelhantes aos da “troika” para Portugal.
Se os Portugueses da Madeira têm de fazer sacrifícios em solidariedade com os restantes Portugueses – e apesar dos alertas de decénios sobre a situação em que Portugal mergulhou – então os Portugueses da Madeira têm o mesmo Direito dos restantes Portugueses em ver também resolvida a sua situação financeira e nas únicas condições possíveis, as da alavancagem da Economia, inclusive Zona Franca.

14. Esta questão das contas da Madeira, particularmente explorada também por aquele segmento da “troika” com funcionários da União Europeia – traquinices da Internacional Socialista?... – serve às mil maravilhas para não se falar do resto, apesar de o passivo madeirense, no seu global, ser uma gota no oceano do descalabro português.
Porque esse resto, todo o gigantesco resto, é a situação a que os socialistas trouxeram Portugal.
Enquanto se fala da Madeira na Opinião Pública, esta fica alienada dos verdadeiros problemas enormes que vai enfrentar e sofrer.

15. Isto, o que se passou e se passa, abstendo-me de entrar, agora, noutras considerações de natureza política, constitucional e de interesses financeiros e de outras naturezas, em jogo no espaço nacional, os quais levaram à manifestação de tanta falta de carácter em Lisboa, mentindo e deturpando, incidindo no momento eleitoral que se vive na Madeira.

10 dicas para entusiastas e principiantes de fotografia

1) Enquadramento
Tente fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. Desclocar o objeto principal da imagem pode fazer toda a diferença para deixá-la mais interessante.
Divida mentalmente o visor da câmera em três colunas e três linhas, como em um jogo da velha. As intersecções das linhas são os pontos mais interessenantes da sua foto. As linhas em si também mostram pontos de destaque, para colocar os olhos de uma pessoa ou o horizonte, por exemplo.

2) Flash desnecessário
Uma das coisas mais complicadas na fotografia é aprender a usar o flash de forma correta. Usar o flash muito em cima pode deixar a foto toda clara, e muito longe, escura.
Lembre-se que o flash tem um alcance limitado, de normalmente três a cinco metros, às vezes um pouco mais. Não adianta deixar o flash ligado em uma foto onde o foco é um objeto a 30 metros.
Um bom exemplo de mau uso do flash são shows. Em linhas gerais, não é necessário luz extra alguma nesse caso. A luz do palco é mais do que suficiente para sua foto. Usar flash só vai iluminar as cabeças de quem está na sua frente, fazendo sumir o resto.

3) Flash necessário
Um ambiente escuro não é o único lugar onde o flash é um acessório necessário. Em uma foto contra-luz, por exemplo, o flash pode ser usado como preenchimento.
Quando você for tirar uma fotografia de alguém com uma fonte de luz ao fundo, como o sol, por exemplo, você pode notar que o sol vai ficar brilhante e somente a silhueta da pessoa vai aparecer. Neste caso o flash irá suprir a falta de luz, deixando ambos visíveis.

4) Cuidado com o fundo
Tenha muito cuidado ao selecionar o local onde você vai tirar um retrato. A escolha do que aparece ao fundo é tão importante quando o que vem em primeiro plano.
Cores vibrantes, linhas e outros objetos podem interferir ou tirar a atenção do foco. Um erro engraçado, porém muito comum, é tirar foto de uma pessoa em frente a uma árvore onde os galhos parecem formar chifres sobre sua cabeça.

5) Retratos
Aproxime-se. Quando o assunto é uma pessoa, o que se quer mostrar é, oras, a pessoa. Não tenha medo de chegar perto. Se quiser, pode até cortar um pouco da parte de cima da cabeça. A esta distância é possível reparar em detalhes como sardas e cílios. O que não pode acontecer é aquele monte de nada na volta e um pequeno sujeito no meio.

6) Olhe nos olhos
Tire fotos na altura dos olhos da pessoa. Para tirar foto de criança fique de joelhos, sente, atire-se no chão. Faça o necessário para ficar ao nível dela.

7) Fotos verticais
Muitos assuntos exigem uma foto vertical. Se o foco tiver mais linhas verticais, como um farol ou uma escada, vire a câmera.

8) Aproveite a luz
Não há luz mais bonita que a luz natural do sol. Sempre que puder, aproveite-a. Posicione-se de forma a deixar a fonte de luz à suas costas, aproveitando assim a iluminação. É impressionante quanta diferença pode fazer um simples passo para o lado.
A luz difusa de um dia nublado é excelente para realçar cores e suavisar contornos, sendo excelente para tirar retrados.
É preciso de muito cuidado ao usar o flash. A luz dele, além de forte, tem uma cor diferente a do ambiente. Uma luz dura vai deixar rugas e imperfeições muito mais aparente. Já notou como sempre se fica feio em foto 3x4? Eis a resposta.

9) Cor
A maioria das câmeras digitais vêm com controle de cor, ou white balance. Esse controle de cor faz com que o branco seja realmente branco sob determinada fonte de luz. Mas as configurações pré-selecionadas da câmera nem sempre são as mais indicadas para quem quer fidelidade.
A configuração para dias ensolarados, normalmente indicada por um pequeno sol, dá um tom mais amarelado às fotos. Essa tonalidade dá uma sensação de calor e afeto, tornando a foto mais interessante sob determinados aspectos.
Experimente bastante o controle de cor até acertar o que mais se adequa ao que você quer.

10) Experimente
Não há melhor dica do que esta: experimente. O segredo da fotografia está na tentativa e erro. Leia de cabo a rabo o manual da sua câmera, para saber tudo que ela é capaz, e tente todas as configurações possíveis.
A fotografia é muito subjetiva, não há regras. O mais importante é aprender a dominar a luz e sua câmera, para depois fazer o que quiser.

sábado, 10 de setembro de 2011

Hoje encontrei o teu cão.

Hoje encontrei o teu cão.

Não,
ele não foi adotado por ninguém. Aqui, a maioria das pessoas já têm
vários cães; e aqueles que não têm nenhum, simplesmente não querem um
cão. Eu sei que esperavas que ele encontrasse um bom lar quando o
deixaste aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele
estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro
e coxeava por causa de um ferimento na pata.

Eu
queria tanto ser tu naquele momento em que parei em frente a dele. Para
ver a sua cauda a abanar e os seus olhos a brilhar ao pular nos teus
braços, pois ele sabia que o irias encontrar, sabia que não te
esquecerias dele. Para ver o perdão nos seus olhos pelo sofrimento e
pela dor pelos quais ele havia passado na sua jornada sem fim à sua
procura... Mas eu não era tu. E, apesar das minhas tentativas para o
convencer a aproximar-se, os seus olhos viam um estranho. Ele não
confiava em mim e por isso não se aproximava.

Em vez disso, virou
as costas e seguiu o seu caminho, pois tinha a certeza que esse caminho
o levaria a ti. Ele não entende que tu não estas à procura dele. Ele só
sabe que tu não estas lá, sabe apenas que precisa de te encontrar. Isso
é mais importante do que a comida, a água ou o estranho que lhe pode
dar todas essas coisas. Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou
segui-lo. Eu nem o seu nome sei. Fui para casa, enchi um balde de água e
uma vasilha de comida e voltei ao lugar onde o tinha encontrado. Não
havia sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde
ele tinha buscado abrigo do sol e um pouco de descanso.

Vê bem,
ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, tiraste-lhe o instinto de
sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa de caminhar o dia todo.
Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe
que precisa de te encontrar.

Aguardei na esperança de que ele
voltasse para buscar abrigo sob a mesma árvore, na esperança de que a
água e a comida que tinha trazido fizessem com que ele confiasse em mim e
eu pudesse levá-lo para casa, e tratar da sua pata ferida, dar-lhe um
canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que tu já não fazias
parte da sua vida. Ele não voltou naquela manhã e, quando a noite caiu, a
água e a comida permaneciam intactas.

Fiquei preocupada. Tu
deves saber que poucas seriam as pessoas que tentariam ajudar o teu cão.
Algumas enxotá-lo-iam, outras chamariam o pessoal do canil que lhe
daria o destino do qual tu achaste que o estavas a salvar - depois de
dias de sofrimento sem água ou comida. Voltei ao local antes do
anoitecer. Não o encontrei.

Na manhã seguinte voltei, e vi que a
água e a comida permaneciam intactas. Ah, se tu estivesses aqui para
chamar o seu nome! A tua voz é tão familiar para ele. Sem muita
esperança, comecei a andar na direcção que ele tinha tomado ontem. Ele
estava tão desesperado para te encontrar que seria capaz de caminhar
muitos quilómetros em menos de um dia.

Algumas horas mais tarde, a
uma boa distância do local onde eu o tinha visto pela primeira vez,
finalmente encontrei o teu cão. A sede não o atormentava mais, a sua
fome tinha desaparecido e as suas dores haviam passado. O ferimento da
pata já não o incomodava mais. Agora o teu cão estava finalmente livre
de todo esse sofrimento.

O teu cão morreu.
Ajoelhei-me ao
lado dele e amaldiçoei-te por não estares aqui ontem para que eu pudesse
ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

 

"O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos".
(Vicent Van Gogh)



O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Esta conotação especifica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. Pode ser realizado através de atos (tiro, envenenamento ou enforcamento) ou por omissão (recusa em alimentar-se, por exemplo).
É considerada tentativa de suicídio qualquer ato não fatal de automutilação ou de auto-envenenamento. A intenção da morte não deve ser incluída nesta definição, pois nem sempre é manifestada. A gravidade da tentativa deve relacionar-se com a "potencialidade autodestrutiva" do método utilizado, com a probabilidade de uma intervenção de terceiros.
O suicídio é a conseqüência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve, e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal ponto que a morte torna-se único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Inconscientemente, o suicida tentou depositar a culpa de sua morte nos outros indivíduos que compõem seu ambiente social, principalmente nos familiares. Neste caso o suicídio funciona como um ''castigo''. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve.
Na civilização romana a morte não era significativa, importante era a forma de morrer: com dignidade e no momento certo. Para os primeiros cristãos, a morte equivalia à libertação, pois a doutrina pregava que a vida era um "vale de lágrimas e pecados". Nesse momento a morte surgia como um atalho ao paraíso.
Nos séculos V e VI, nos Concílios de Orleans, Braga e Toledo, proibiram as honras fúnebres aos suicidas, e determinaram que mesmo aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Assim o suicídio passou a ser considerado um crime que poderia implicar na condenação à morte dos que fracassavam. Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.
Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por exemplo, é mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Porém, a faixa etária compreende genericamente dos 15 aos 44 anos.
Um ponto significativo a ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno. Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais freqüência nas classes médias.
Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem três vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto os homens são mais eficazes. Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.
As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como alcoolismo, dependência toxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que induzem um indivíduo a atentar à própria vida. Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio. Podemos incluir como exemplo o insucesso no matrimônio ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso, isolamento social e o fracasso financeiro.
A depressão também está aliada aos casos de suicídio. Porém, no auge das crises depressivas o indivíduo fica menos vulnerável a tais tentativas. Isto porque a depressão é caracterizada principalmente pela desmotivação, desinteresse e letargia do raciocínio. Nesse momento, o indivíduo não se dispõe a nenhuma atividade, inclusive o ato de se matar. Alcançado este estágio, a tendência é a omissão, que também é considerado uma das formas de suicídio.


Jovens Suicidas

Entre os jovens (faixa etária que compreende dos 15 aos 24 anos) o suicídio já é a terceira causa de morte, atrás apenas dos acidentes e homicídios.
Os conflitos mais comuns que desencadeiam os suicídios entre os jovens são encontrados na educação, criação e conduta familiar dos indivíduos. O sentimento de culpa imposto pelas chantagens emocionais, agressões, castigos exagerados, criação e imposição de uma auto-imagem irreal ao indivíduo, o abandono afetivo e a superproteção, são as principais causas dos suicídios cometidos entre os jovens. A soma desses, e outros fatores menos relevantes, resultam numa desorganização da personali- dade em desenvolvimento, desequilibra continuamente o sistema nervoso e desencontra o indivíduo do seu ego. Por conseqüências superficiais temos o bloqueio intelectual, a constante desmotivação pelas atividades cotidianas (como os estudos), a necessidade de uma fuga psíquica e o entorpecimento mental. Novamente o suicídio é o resultado mais grave dos desequilíbrios.


Indicadores de Risco

Geralmente o suicídio não pode ser previsto, mas existem alguns indicadores de risco:
  • Tentativa anterior ou fantasias de suicídio.
  • Disponibilidade de meios para o suicídio.
  • Idéias de suicídio abertamente faladas.
  • Preparação de um testamento.
  • Luto pela perda de alguém próximo.
  • História de suicídio na família.
  • Pessimismo ou falta de esperança.