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domingo, 7 de novembro de 2010

Os “Donos de Portugal - 100 anos de poder económico”



Os “Donos de Portugal - 100 anos de poder económico” da autoria Jorge Costa, Luís Fazenda, Cecília Honório, Francisco Louçã e Fernando Rosas, é uma obra fundamental para entender o funcionamento político-económico deste país desde o séc. XIX até aos nossos dias.A começar, é uma obra excepcional do ponto de vista histórico.Ao fim de 1/20 do livro (o que eu já li), pode-se já concluir algo com uma certeza evidente: desde há 200 anos, que os grandes capitalistas Portugueses – não mais as 2 mãos cheias – não trazem valor acrescentado à economia do país, que vive eternamente em crise. A dívida do Estado (e dos particulares) é o sangue deles. Interessas-lhes manter este estado de coisas, porque quanto maior a crise, maior o lucro deles. Aí está a escalada dos juros da actual dívida a comprovar a sua “filosofia” de vida.Na sua maioria, estes Capitalistas (ou os seus “managers”) referenciados no livro tem (ou tiveram) acções preponderantes nos partidos e no Estado: Foram deputados, ministros, secretários de estado. Escandalosa promiscuidade entre política e negócios particulares.É sobretudo gente que investe na dívida pública e na especulação. GENTE NADA interessada em investir no conhecimento da População e consequentemente na economia Nacional produtiva. Capitalistas impacientes. Igualmente “PERITOS” em montar rapidamente empresas de importações (ou novidades) de bens de consumo.Uma balança comercial deficitária para o país é o florescimento dos capitalistas nacionais.Capitalistas, absolutamente adversos a investimentos – exemplo, na indústria ou agro-indústria – sem lucro imediato e garantido.São estes homens do Capital – e quem lhes presta vassalagem e é “parceiro” – quem de facto beneficia com um país que vive sucessivamente em crise. Juntos e pela via do ilusionismo, mudando constantemente de roupagem e de fórmula, irão mover montanhas para manter este Estado de coisas.Claro que há felizmente alguns Capitalistas que conseguem ainda assim fugir desta mesquinhez e espírito predador, devendo-se a eles empreendorismo e avanços essenciais.


                                                                           Rui M F
 Agradecimento ao Blog "MAIS EVORA", que recomendo.

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